segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Bolero de Ravel nas palavras de Drummond

BOLERO DE RAVEL

A alma cativa e obcecada
enrola-se indefinidamente numa espiral de desejo
e melancolia.
Infinita, infinitamente...
As mãos não tocam jamais o aéreo objeto,
esquiva ondulação evanescente.
Os olhos, magnetizados, escutam
e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa,
esta presa...
Os tambores abafam a morte do Imperador.




breno

Lula diz que dívida do Brasil com negros não pode ser paga em dinheiro

Ao comentar a sanção da lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (26) que a dívida do Brasil com os negros não pode ser paga em dinheiro, mas com solidariedade.

No programa semanal Café com o Presidente, ele avaliou que a importância da lei está em garantir que, a partir de agora, não exista diferença entre brancos e negros no país. Lula lembrou que o projeto tramitou no Congresso Nacional por vários anos, até a elaboração de uma proposta única.

“Não é tudo o que a gente quer. Ainda faltam coisas pra gente fazer, mas é importante que a gente tenha a clareza de que hoje nós temos o Estatuto da Igualdade Racial, nós temos uma lei que dá mais direitos, que recupera a cidadania do povo negro brasileiro”, disse.

O estatuto prevê garantias e políticas públicas de valorização, além de uma nova ordem de direitos para os brasileiros negros, que somam cerca de 90 milhões de pessoas. O documento é formado por 65 artigos e tem como objetivo, segundo a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a correção de desigualdades históricas no que se refere às oportunidades e aos direitos dos descendentes de escravos do país.

Fonte: Agência Brasil

Publicado em 26.07.2010, às 09h30

Breno

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Orçamento Quilombola 2008–2010 e a maquiagem na titulação

A análise do desempenho financeiro do Orçamento Quilombola em 2008-2010 mostra que em 2009 cerca de R$ 6,8 milhões deixaram de ser aplicados no reconhecimento, demarcação e titulação de “áreas remanescentes de quilombo”; e dos R$ 28,3 milhões autorizados para indenização aos ocupantes das terras demarcadas e tituladas, foram utilizados somente 6,52%. Isso ocorre apesar de haver mais de oitocentos processos administrativos abertos em 21 estados da federação. Depoimentos obtidos de técnicos desses órgãos nos levam a concluir que o governo está maquiando o processo de titulação. Estão sendo tituladas preferencialmente as comunidades situadas em “terras devolutas”, “terras públicas estaduais” e “terras sem grandes dificuldades de aquisição”. Além de deixar de fora a grande maioria da população quilombola, em alguns casos isso tem implicado em áreas tituladas com extensão insuficiente para a reprodução social das famílias e comunidades.


Data: 17/7/2010
Retirado do Observatório Quilombola
Att. Jamilly Cunha

domingo, 18 de julho de 2010

Semana de Filosofia e Ciências e Sociais

Será realizada em agosto, na UFPB a Semana de Filosofia e Ciências e Sociais, a inscrição pode ser feita nos campi I e IV. A taxa de R$ 10 dá direito ao material e a alojamento

Começa dia 25 de agosto e vai até o dia 28 a III Semana Paraibana de Filosofia e Ciências Sociais, no campus IV (Litoral Norte) da Universidade Federal da Paraíba. O evento, multidisciplinar, envolve as Ciências Humanas e áreas afins em torno do tema “Conhecimento e Meio Ambiente”.

A organização está a cargo dos professores Cristiano Bonneau (DCS-CCAE), Silvana Souza Nascinento (DCS-CCAE), Mário Javan Camelo (DCS-CCAE), Joel Silva dos Santos (DEM-CCAE), e Sergio Luis Persch (PPG-Filosofia). O encontro consiste na promoção de conferências, mesas redondas e mini-cursos e comunicações com o intuito de integrar a comunidade acadêmica em torno do tema proposto.

A III Semana Paraibana de Filosofia e Ciências Sociais é um evento que se insere dentro do contexto acadêmico desde 2007, quando teve a sua primeira realização em Campina Grande e a segunda em João Pessoa.

Durante o evento serão realizadas mesas-redondas sobre “Natureza, Conhecimento e Cultura”; “Meio Ambiente e Território”; “Natureza e Educação”; “Natureza e Imagem”; e “Natureza e Identidade”.

Segundo os organizadores, um encontro como este possibilitará que três grandes áreas - Filosofia, Sociologia e Antropologia - estejam representadas por professores, alunos, pesquisadores e interessados em aprofundar-se em sua área de interesse sem perder de vista o todo.

As inscrições vão custar R$ 10, podendo o pagamento ser feito nos campi I e IV, ou via deposito ou transferência para a conta: Banco Bradesco, titular Cristiano Bonneau, agência 0218, conta corrente 0510186-7. A inscrição dá direito ao material e ao alojamento.


Att. Jamilly Cunha

sábado, 10 de julho de 2010

Enepet 2010

Pet Antropologia, participando do evento ENEPET 2010 em João Pessoa, nos dias 28, 29, 30 de maio.



Apresentação de Paineis







Integrantes apresentando.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Sessenta indígenas foram assassinados em conflitos fundiários no ano passado

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulga na próxima sexta-feira (9), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, o Relatório de Violência contra os Povos Indígenas com dados de 2009. No ano passado, 60 índios foram assassinados, houve 16 tentativas de homicídio e 19 casos de suicídio, segundo o documento.

De acordo com o vice-presidente do Cimi, Roberto Antônio Liebgott, a “violência sistemática” contra os índios é causada pela disputa de terras e pelo que chamou de “omissão do Poder Público”. Em sua opinião, o Estado poderia ter resolvido o problemas se concluísse as demarcações das terras indígenas. Segundo o Cimi, há 24 terras indígenas já identificadas por grupos de trabalhos e mais 64 com portarias declaratórias do Ministério da Justiça em processo de demarcação, que antecede o decreto presidencial de homologação.

Liebgott disse à Agência Brasil que a maioria dos casos de assassinato dos índios ocorre em aldeias que se instalam entre as cercas das fazendas e a beira das estradas; como ocorre, por exemplo, com os Guarani Kaiowa e Guarani Ñandeva, em Dourados (MS), conforme constatado no local pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) em visita feita março deste ano.

O relatório do Cimi informa que no Mato Grosso do Sul foram assassinados 33 indígenas, 54% dos casos. A antropóloga Lúcia Helena Rangel, que coordenou a pesquisa para a elaboração do relatório, questiona porque naquela região há problemas fundiários: “Quem falou que não cabe todo mundo lá?”, indagou. O estado também concentra os casos de suicídio indígena apontados no relatório

O Mato Grosso do Sul é a segunda unidade da Federação com maior população indígena e é grande produtor de cana-de-açúcar, soja, milho e mandioca. Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE (fevereiro de 2010), informa que a produção de cana no estado cresceu mais de 22% entre a safra de 2009 e 2010.

Além do MS, o relatório destaca a situação conflitiva entre fazendeiros e indígenas Tupinambá, no sul da Bahia. O Cimi afirma que em junho do ano passado a Polícia Federal agrediu e torturou cinco indígenas presos em uma operação de desintrusão nas dunas dos municípios de Ilhéus, Una e Buerarema.

Lúcia Helena acredita que episódios como esses demonstram que a sociedade brasileira e o Estado são “racistas” e que o preconceito contra os índios é “uma situação histórica que não se alterou. A dificuldade de aceitarmos os direitos dos indígenas e de outros segmentos da população é da nossa formação social”, analisou. Para ela, o relatório do Cimi mostra mais um “instante” de um processo conflitivo existente há anos. “O Cimi faz o relatório desde 1993, mas poderia fazer desde 1500 [descobrimento do Brasil] que encontraria esse quadro.”

Na opinião da antropóloga, o preconceito da sociedade contra os índios explica a demora na demarcação de terras e a falta de proteção aos indígenas e mostra porque esses direitos não são respeitados, embora estejam previstos. “A lei não faz a cabeça de ninguém. A sociedade brasileira produziu uma ideologia anti-indígena”, destacou. “Formamos uma sociedade que constituiu sobre outra. Por isso consideramos as manifestações culturais dos índios como menores”, acrescentou.

O relatório do Cimi é elaborado com base nas notícias publicadas em jornal e na internet, especialmente em meios locais, e contabiliza apenas os registros confirmados pela equipe de pesquisadores.

Da Agência Brasil


Fonte: Diário de Pernambuco

Breno

FCP prepara documento para incluir quilombolas desabrigados em políticas habitacionais

A Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura, está fazendo um levantamento de quantas casas serão necessárias para atender a comunidade quilombolas de Muquém, localizada no município de União dos Palmares (AL), destruídas pelas chuvas das últimas semanas. O Diretor de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da Fundação, Maurício Reis, esteve no Estado na semana passada para prestar solidariedade e verificar as principais necessidades e a melhor forma de prestar ajuda.
“Estamos fazendo um relatório para entregar ao Ministério das Cidades, queremos ver qual a possibilidade do Programa Minha Casa Minha Vida, ser aplicado nessas comunidades. Essa articulação já está sendo feita desde o começo da semana passada, precisamos, agora, apresentar ao Ministério as demandas”, esclarece Maurício Reis.

Além de Muquém, que fica em União dos Palmares, outras comunidades quilombolas foram atingidas direta e indiretamente. Gurgumba, em Viçosa, quatro, das 25 famílias perderam suas casas e estão alojadas nas casas de parentes, que também se encontram em áreas de risco, cerca de 50 m do rio Paraíba. A comunidade tem cerca de 150 pessoas e tem a certificação da Palmares desde 2009.

Já as comunidades do município de Santana do Mundaú “Filús, com 40 famílias, Jussarinha, com 34 famílias e Mariana, com 35 famílias” também sofrem conseqüências por causa das chuvas, estão isoladas. A única ponte que dava acesso ao povoado foi destruída. “A situação já é precária normalmente, agora está tudo pior”, diz a Gerente de Núcleo de Quilombolas do Instituto de Terras de Alagoas (Iteral), Berenita Melo.

As Secretarias Estaduais da Mulher, Cidadania e Diretos Humanos e a de Agricultura, além da prefeitura de União estão comprometidas com a implementação de políticas públicas em benefício das comunidades quilombolas atingidas. O compromisso foi assumido em reunião com representantes dessas instituições, a Palmares e representantes das comunidades quilombolas no Estado.

Outra preocupação da devastação das chuvas é o patrimônio material e imaterial das cidades atingidas. Na visita a Alagoas o Diretor da Palmares esteve com o Secretário de Cultura do Estado, Oswaldo Viégas, que também é membro do Conselho Nacional de Política Cultural, e ele informou que enviou ao Conselho uma recomendação para que o Ministério da Cultura promova, em conjunto com os Estados e municípios atingidos, um levantamento dos bens culturais atingidos e viabilize a implantação de medidas a curto e de médio prazo, visando apoio a recuperação e restauração do patrimônio cultural, bem como a dinamização de ações culturais, visando a recuperação da auto-estima das populações atingidas. “As chuvas levaram vidas humanas, patrimônios pessoais, patrimônio público e patrimônio histórico e arquitetônico dessas cidades”, diz o documento.

[FONTE:Marta Almeida]


ASS:Melise Lima

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Discurso anti-racismo na copa do mundo

Discurso utilizado pleos Capitães de seleções de futebol antes os jogos da Copa do Mundo:

"Em nome da seleção (nome do país), declaro que rejeitamos de todo o coração o racismo e todo tipo de discriminação dentro ou fora do campo. Confiamos no poder do futebol para unir homens e mulheres de todas as raças, religiões e nacionalidades. Nos comprometemos a perseguir este objetivo e pedimos a todos para que se juntem a nós na luta contra o racismo, onde quer que seja".


ASS:Melise Lima

sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou o tombamento dos lugares Indígenas Sagrados

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em sua 64ª Reunião, realizada no dia 24 de junho de 2010, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, aprovou o tombamento dos lugares Indígenas Sagrados Denominados Kamukuwaká e Sagihenku, Alto Xingu, Estado do Mato Grosso. É importante salientar que esses dois lugares estão situados fora do limite do Parque Nacional do Xingu. O relator do processo foi o Conselheiro Eduardo Góes Neves, que representa no Conselho a Sociedade Brasileira de Arqueologia. Esta prestada foi realizada por Roque de Barros Laraia, que representa a ABA no referido Conselho.


ASS:Melise Lima