segunda-feira, 26 de julho de 2010

O Bolero de Ravel nas palavras de Drummond

BOLERO DE RAVEL

A alma cativa e obcecada
enrola-se indefinidamente numa espiral de desejo
e melancolia.
Infinita, infinitamente...
As mãos não tocam jamais o aéreo objeto,
esquiva ondulação evanescente.
Os olhos, magnetizados, escutam
e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa,
esta presa...
Os tambores abafam a morte do Imperador.




breno

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