terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Delegado que agrediu cadeirante volta ao trabalho em SP

O delegado Damasio Marino, que no mês passado agrediu um cadeirante depois de discussão a respeito de uma vaga de estacionamento, voltou ao trabalho nesta segunda-feira após cumprir afastamento de 30 dias.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, Marino vai continuar afastado da função de delegado. Na época da agressão, ele era titular da 6ª Delegacia de Polícia de São José dos Campos.
A partir de agora, e até que a Corregedoria da Polícia Civil conclua o procedimento administrativo que apura sua conduta, Marino vai exercer funções administrativas dentro da Delegacia Seccional de São José.
O procedimento administrativo deve ser concluído até a metade de abril e vai definir se o delegado será punido. Ele poder ser demitido.
Marino já é réu em processo em que é acusado de crimes de injúria, ameaça e lesão corporal dolosa (quando há intenção), todos agravados por abuso de autoridade e violação de dever inerente ao cargo.
No dia 17 de janeiro o advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo Morandini repreendeu o delegado por ter estacionado seu carro em uma vaga pública destinada a deficientes físicos em frente a um cartório da cidade.
Ele diz que o delegado o agrediu com coronhadas na cabeça, bateu com a ponta da arma em seu rosto e o ameaçou. Cinco testemunhas ouvidas pela Corregedoria da Polícia Civil confirmam a versão do cadeirante.
Já Marino nega que tenha usado a arma para bater no cadeirante, mas admite ter dado "dois tapas" nele após ter sido xingado e recebido uma cusparada no rosto.
A Corregedoria da Polícia Civil abriu também inquérito para investigar uma ameaça de morte contra o cadeirante. Uma perícia feita no celular de Morandini comprovou que a ligação com a suposta ameaça partiu de um telefone da Delegacia Seccional de São José.

Att. Jamilly Cunha


FÁBIO AMATO
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

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